Mostrando postagens com marcador Moda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Moda. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

La pasarela las prefiere blancas

* Eugenia de La Torriente reporta, no El Pais, a discriminação a modelos negras nos desfiles de moda internacionais. Publicado em 21 de outubro de 2007.

Sólo blancas. Las colecciones de la temporada primavera-verano de 2008, presentadas en Nueva York, Londres, Milán y París en septiembre y octubre han disparado la alarma. En 31 de los 101 desfiles listados en style.com, los más relevantes, no había ni una sola mujer negra. Marcas como Balenciaga, Prada, Chloé o Jil Sander, que aspiran a ventas mundiales, pero que parecen ignorar que las mujeres de color gastan más de 20.000 millones de dólares en ropa al año, según Targetmarketresearch.com. La moda siempre ha estado dominada por caucásicas, pero hacía tiempo que no se veía una homogeneidad tan acusada. En una industria global, el mensaje de un desfile totalmente compuesto por adolescentes eslavas no puede ser más local.

"Empecé en los sesenta, pero las cosas están peor que nunca", declaró Bethann Hardison, una de las primeras modelos negras, en una conferencia organizada por ella recientemente en Nueva York. Con el título La ausencia de imagen negra en la moda actual, el evento reunió a Iman, Naomi Campbell o André Leon Talley, editor de Vogue. También las revistas se han visto salpicadas por el debate. En las ediciones de este mes de las principales cabeceras estadounidenses la presencia de afroamericanas es irrisoria. Según el agente David Ralph, a pesar de que esta raza supone el 30% de la población, no está representada por ninguna modelo en Vogue, Harper's Bazaar, Glamour, Cosmopolitan, Allure y Elle.

Cuestión de facciones

Mauricio Carnino es director de casting de Nueva York. Trabaja con Custo Barcelona y Diane von Furstenberg, dos de los pocos diseñadores que han ido más allá de la contratación de una sola y simbólica negra en sus últimos desfiles. "En la conferencia citaron a seis marcas que sí reflejan la diversidad racial en sus desfiles. Tres son clientes míos, lo que demuestra que no tengo problema. Pero hay diseñadores que, si eligen a una chica de color, ya no quieren otra. Ya tenemos una, dicen. Algunos argumentan que tiene que ver con la constitución. Otros ven problema en las facciones. Una vez, uno me pidió una negra. Dijo: 'Necesitamos una blanca metida en una taza de chocolate".

Una de las pocas que ha conseguido entrar en desfiles importantes, como el de Dior, es Chanel Iman. Alguien con ese nombre parece destinado a triunfar en la moda. Aunque ser hija de una coreana y un afroamericano no se lo ha puesto fácil a esta chica de 17 años. Aun así consiguió meterse en el grupo de la portada del Vogue estadounidense de mayo como una de las próximas 10 supermodelos, según prometía la revista. La única que no era blanca.

"Además del americano, el mercado francés es el que más modelos de color utiliza", explica Fernando Merino, booker de la agencia Group, que representa en España a Chanel Iman. "Italia nada de nada y España, muy poco. Sólo para editorial y en algún desfile. Tampoco se quieren hindúes, orientales... Quiero creer que no es una cuestión de racismo, sino de representar a tus consumidores".

"Ahora mismo se ven más orientales que negras. Es cuestión de modas", explica Ramón Carmena, director de la agencia Traffic. Entre las modelos que representa está Godelieve van der Brandt, quien se ha acostumbrado a que su pelo sea el único afro en una sucesión de melenas lacias en los desfiles españoles. Hija de un médico belga y una congoleña, su familia se instaló en Benidorm cuando tenía cinco años. "Me avisaron de que el mercado era reducido. Era consciente de las limitaciones, pero quería vivir mi experiencia. Y, poco a poco, me he ido haciendo un hueco. Es cuestión de confianza y del apoyo de una buena agencia", explica desde París.

La madre de Godelieve está orgullosa de ella. Vive en Bélgica y se escapa a Madrid o Barcelona para verla desfilar. Y sostener, en solitario, la bandera de la diversidad cultural. "Una sola negra o asiática ya cubre el cupo", explica la modelo.

La cuestión no es nueva. Ha habido grandes modelos negras, pero la lista es corta y, a veces, la luz de una estrella esconde una realidad con sombras. Naomi Campbell explicaba en la conferencia de Nueva York que Christy Turlington se había plantado ante Dolce & Gabbana. "Si no contratáis a Naomi, no nos tendréis a nosotras". El nosotras incluía a Linda Evangelista. Para hacerse un hueco en Vogue Paris, su valedor hubo de ser otro: Yves Saint Laurent amenazó con retirar su publicidad si se negaban a trabajar con ella.

El debate sobre qué medidas son aceptables para revertir esta situación está abierto. Hardison ha conseguido su propósito: llamar la atención sobre la anómala representación de la diversidad racial. Godelieve tiene miedo a los cupos nacidos de la polémica. "No quiero que me cojan por obligación. Lo ideal es que se fijaran en tu valía y no en el color de la piel". Tan básico como eso.

Link

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Consumo na China enriquece marcas internacionais

* Matéria publicada na Folha de S. Paulo (Mundo) em 18 de outubro de 2007. Assina Cláudia Trevisan, enviada especial a Pequim.

A julgar pelo discurso do presidente Hu Jintao na abertura do 17º Congresso do Partido Comunista, na segunda-feira, a construção do "socialismo com características chinesas" depende do mais capitalista de todos os hábitos: o consumo. Os chineses desembolsam parcelas cada vez maiores de sua renda nos shoppings que se multiplicam nas grandes cidades.

O "desenvolvimento científico" defendido por Hu pressupõe o aumento do peso do consumo interno no crescimento, dependente de investimentos e das exportações. O objetivo está longe de ser alcançado, mas é crescente o número de chineses dispostos a gastar somas consideráveis em imóveis, cosméticos, roupas, carros, computadores, celulares e relógios.

O fenômeno se concentra nos centros urbanos da costa leste. Beneficiados pelo crescimento anual de dois dígitos, os novos-ricos abrem o bolso e cultivam hábitos até há pouco estranhos à cultura chinesa.

Concebido pelo designer francês Philippe Starck, o restaurante e bar Lan, na principal avenida de Pequim, é uma extravagância de vários ambientes decorados com quadros no teto, poltronas de espaldar alto, lustres de cristal e cabeças de rinocerontes. No Lan, os chineses endinheirados tomam vinho, fumam charuto, escutam jazz e pagam contas que rondam os US$ 100, o equivalente a 740 yuans-mais do que o salário mensal dos migrantes rurais que trabalham nas construções da cidade.

No The Place, um dos shoppings recém-inaugurados de Pequim, a chinesa Hu Rong, 40, gastou 800 yuans na tarde de quarta-feira na compra de roupas na rede espanhola Zara. Depois, foi a uma das 230 lojas Starbucks espalhadas em 22 cidades chinesas, onde uma xícara de café custa 18 yuans (R$ 4,4) -preço de uma refeição em um restaurante popular.

Hu Rong dirige uma empresa de arquitetura, é casada com um empresário e tem uma filha de um ano e sete meses. A família mora em uma das vilas de luxo que se multiplicam em Pequim e tem na garagem um BMW e um Land Rover.

Além de bens de consumo, é capaz de comprar o direito de ter outro filho, em um país que impõe um estrito controle de natalidade. Hu está grávida e diz que pagará ao governo a multa cobrada das famílias que desrespeitam a política de filho único -neste ano, um casal foi obrigado a pagar US$ 77 mil por ter um segundo filho.

Apesar de muitos shoppings de Pequim serem ocupados por grifes de luxo, são as marcas de preços mais acessíveis, como Zara, que realmente fazem sucesso. A única loja da rede, aberta neste ano, parecia estar promovendo uma grande liquidação no domingo, com filas nos provadores e nos caixas.

"Eu não ligo muito para grifes, mas gosto de produtos de qualidade", afirma Zheng Hua, 30, que acabava de comprar uma blusa por 400 yuans. Dona de uma fábrica de alimentos, Zheng é divorciada e vive em um apartamento próprio de 400 metros quadrados.

As amigas Shi Jing, 30, e Yu Li Sha, 27, gastam em média de 2.000 yuans a 4.000 yuans (R$ 490 a R$ 970) em roupas e cosméticos por mês. Saem para jantar fora a cada dois ou três dias. "O nosso conceito de consumo mudou e passou a ser influenciado pelo Ocidente. Estamos muito mais preocupadas com a aparência", diz Shi, que trabalha no setor imobiliário.

A rede sueca de móveis Ikea é outra marca de preços acessíveis que encontrou seu caminho na China. Pequim é a sede de sua maior loja fora da Suécia, com 43 mil m2 e estacionamento para 1.200 carros.

Os supermercados Wal-Mart e Carrefour se espalham pelas zonas urbanas. A rede norte-americana se instalou na China em 1996 e hoje tem 86 lojas, nas quais diz atender 5 milhões de consumidores por semana. O concorrente francês chegou em 1995 e já possui 345 filiais.

Setor imobiliário é superaquecido; família junta as economias para imóvel do filho

Quando saiu da universidade em 2004, Chen Ou trabalhou em dois projetos que lhe renderam 20 mil yuans em cinco meses, cerca de R$ 4.900. Com a ajuda dos pais, que lhe deram 30 mil yuans, e um financiamento de 190 mil yuans, ele se tornou proprietário de um apartamento de 50 m2 com apenas 22 anos.

Hoje, Chen trabalha como assistente de um jornalista estrangeiro em Pequim e paga a cada mês 1.200 yuans ao banco, que lhe concedeu um empréstimo por prazo de 25 anos. É menos do que pagaria no aluguel de um imóvel semelhante.

Com os juros, sua dívida é de 370 mil yuans, mas o apartamento que custava 240 mil yuans em 2004 duplicou de valor desde então.

O mercado imobiliário é um dos mais aquecidos da China e ter casa própria é a prioridade dos jovens com educação superior, especialmente dos homens. Sem isso, é remota a chance de se casarem com a mulher de seus sonhos. Quando buscam pretendentes, as jovens urbanas chinesas querem alguém que tenha casa própria e um emprego estável.

Segundo Chen, essa foi a principal razão pela qual seus pais decidiram dar suas economias de toda a vida para ajudar na compra de seu apartamento. Antes de mudar para sua nova casa, Chen vivia com os pais em um apartamento de um cômodo de 23 m2, em um edifício com banheiro e cozinha comunitários. "Seria muito difícil conseguir uma namorada nessas condições", afirma.

É surpreendente o alto percentual de chineses que possuem casa própria. O governo afirma que são 80% das famílias urbanas, um índice superior aos cerca de 70% que se observam nos EUA.

Arthur Kroeber, diretor da consultoria Dragonomis, diz que o percentual é inflado por incluir imóveis que foram comprados por empregados de suas antigas unidades de trabalho e que não podem ser vendidos. Portanto, não se enquadrariam exatamente no conceito de propriedade privada.

Ainda assim, ele acredita que o índice de casas próprias nas regiões urbanas da China é alto e não está muito distante dos 70% dos norte-americanos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Bjork na Dazed & Confused de outubro

* Bjork posa com criações do estilista alemão Bernhard Willhelm para as fotógrafas Carmen Freudenthal e Elle Verhagen. O ensaio está publicado na edição de outubro de 2007 da Dazed & Confused.