domingo, 6 de julho de 2008

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Vídeo de Ethan Bodnar sobre música de Ben Frost.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Os filhos do país dos escândalos

Por Eliane Lobato - IstoÉ de 03/08/2005

Eram 19h50 da terça-feira 26, quando o senador Delcídio Amaral (PT-MS) anunciou: “Chegamos no limite.” Ele interrompeu a sessão da CPI dos Correios que durante nove horas ouvira Renilda de Souza – mulher do publicitário Marcos Valério. Havia três parlamentares inscritos para perguntar. Mas os limites de Renilda se extinguiam na proporção que sua vida particular se devassava diante da fúria dos inquisidores. Interrogações sobre seus sentimentos mais íntimos borbulhavam num espetáculo intimidatório que Kafka certamente adoraria descrever. Numa das cenas mais constrangedoras da CPI, o deputado Julio Redecker (PSDB-RS) pisoteou. “Sua mãe deve estar sofrendo muito e rezando pela senhora.” “Não, não está. Ela tem mal de Alzheimer”, respondeu Renilda. “A senhora usou dinheiro que deveria ser da população. Como tem coragem de olhar na cara dos próprios filhos?”, chutou Redecker, levando a depoente a um choro profundo. Nessa mistura, às vezes sórdida de público e privado, o próprio Marcos Valério, ao listar suas empresas para a CPI, lembrou, aos prantos, que uma delas, a JVN – que não chegou a ser aberta –, tinha as iniciais dos três filhos, inclusive de um que morreu de câncer aos seis anos.

Em tempos de escândalos, produção de dossiês em escala, CPIs se atropelando e reputações jogadas no mar de lama nacional, as casas de muitos brasileiros viraram cenários de dramas que não podem ser dimensionados por extratos bancários e de imagens tristes que não são captadas pelas câmeras de tevê. Por trás da lavagem de roupa suja na CPI dos Correios e de tantas outras investigações – CPI do PC, Escândalo dos Precatórios, Orçamento, das Bicicletas, Frangogate, Máfia do Sangue –, famílias têm sido dilaceradas. Denunciantes e denunciados compartilham aquele que talvez seja o preço mais caro cobrado pela faxina ética do País: filhos e filhas crescendo sob a marca da vergonha, do medo e até do abandono. Caso de Paulinho, hoje com 22 anos, e Ingrid, 24, filhos do ex-tesoureiro de Collor, PC Farias (assassinado em 1996), que desceram ao fundo do poço. Ou Ana Sophia, a caçula do ex-ministro da Saúde Alceni Guerra, vítima de uma professora maquiavélica. Ou ainda Christian, nove anos, neto do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), barrado no colégio por colegas que queriam cobrar dele uma versão escolar do mensalão. Filha do ex-presidente nacional do PT José Genoino, Miruna, 23 anos, escreveu para o pai uma carta-desabafo. São filhos do País dos escândalos que guardam seqüelas pelo resto de seus dias.

Normalmente, esses dramas familiares não são visíveis. Outras vezes são jogados na arena. ISTOÉ ouviu nas últimas semanas depoimentos de quem constitui a parte mais vulnerável desse mundo político-policial.

Pivô do escândalo dos Correios e da denúncia do mensalão – a mesada que seria paga a parlamentares pela direção do PT –, o deputado Roberto Jefferson não se furta a repetir – em conversas informais – os estragos que sua conturbada trajetória política vem causando à sua família. Quando era líder da tropa de choque de Collor, seu filho Robertinho, na época com 14 anos, recebeu “uma coça” e teve a mandíbula quebrada. Agora, na CPI dos Correios, outra fratura familiar, dessa vez com o neto. Primogênito de Cristiana Brasil, vereadora carioca e filha de Jefferson, Christian, nove anos, foi barrado no corredor do colégio Cruzeiro, no Rio de Janeiro, onde estuda, por alunos que deram a seguinte ordem: “Só passa aqui se pagar mensalão.” A agressão foi comunicada à direção da escola, que deu apoio ao garoto. “Isso não aconteceu uma vez, foram várias. E por mais que ele tenha o nosso apoio, o da terapia e o do colégio, ninguém pode impedir o sofrimento dele”, diz a mãe, também alvo de preconceito. “Na academia de ginástica, eu deixei de ser Cristiana e passei a ser a filha de Roberto Jefferson. ‘Amigos’ passaram a evitar nossa família, a desmarcar encontros, a não atender telefone”, conta.

Para o pediatra Leonardo Posternak, presidente do Instituto da Família, em São Paulo, filhos podem colocar “em xeque a figura idealizada de seus pais” ao vê-los envolvidos em escândalos. “Descobrem que o pai não é um super-herói.” Segundo Posternak, é difícil para a criança entender por que alguém vai deixar de brincar com ela por algo “que seu pai fez”. Mas, conselho de especialista: deve-se contar o que acontece, em vez de isolá-la “numa bolha de plástico”. O psicanalista Alberto Goldim enxerga no sentimento dos filhos uma metáfora equivalente ao sentimento de confusão e tristeza que invade a Nação. “Um líder, um presidente, é como um pai para a população. Quando a confiança é destruída, o sofrimento é parecido com o de filhos que perdem a referência paterna”, explica Goldim. Não é à toa que o País discute com passionalidade incomum se Luiz Inácio Lula da Silva sabia ou não da lama que chegou à sua ante-sala. Dentro de casa, Lula tem seus dilemas. O “pai” do País é também pai do biólogo Fábio Luís, 28 anos, que teve questionados os negócios de sua empresa, a produtora Gamecorp, com a Telemar.

Recortes de jornais – Hoje fora dos holofotes e com seus dramas esquecidos, Alceni Guerra viu dois filhos, crianças na época em que era ministro da Saúde do governo Collor e acusado de superfaturamento na compra de bicicletas, serem covardemente envolvidos no episódio. Ele teve sua inocência comprovada, porém as cicatrizes já sangravam. “Na festa do Dia dos Pais, Ana Sophia, então com cinco anos, preparou um presente para o pai, orientada por uma professora: um cartaz com recortes de jornais estampando acusações de corrupção contra mim. Vi minha filha desfilar com aquela coisa acintosa diante de um colégio lotado, com um sorriso de orelha a orelha, sem ter a mínima idéia do que estava fazendo. Receber um abraço no Dia dos Pais de minha filha com um cartaz me chamando de corrupto foi a pior coisa que sofri”, relata Guerra no livro A era do escândalo, de Mário Rosa. Já Guilherme, então com 12 anos, foi capa de jornais em foto que mostrava pai e filho sentados no meio-fio, ao lado das bicicletas que usavam num passeio no Parque da Cidade, em Brasília.

O trauma acompanhou Guilherme por muitos anos. O mesmo aconteceu com Victor Camargo Pitta do Nascimento, filho do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, pivô do escândalo dos precatórios. Aos 25 anos, sua família desmoronou quando a mãe, Nicéa, contou o que sabia a respeito do governo Paulo Maluf. Victor e Pitta se agrediam via imprensa e romperam. Recentemente, o filho resolveu procurar o pai. “Sofremos muito. Agora começamos a nos falar de novo. Eu tomei a iniciativa porque acho que o ofendi e que ele merece uma segunda chance.” Ver o pai ser destruído causou uma erosão interna no jovem, que parou de trabalhar e de estudar, e caiu em depressão. A irmã, Roberta, também não agüentou. Ela estudava direito na Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo e viu o episódio frangogate (superfaturamento na compra de frangos no governo de Paulo Maluf, do qual Pitta era secretário de Finanças) ser levado para uma aula. “A sala inteira olhava para ela. Roberta trancou a matrícula e se mudou do Brasil”, relembra Nicéa. Para evitar que sua filha Naína, oito anos, sofra traumas, a ex-secretária e testemunha Fernanda Karina Somaggio – que tem repetido que sua motivação é ajudar a criar “um Brasil melhor” – adota estratégias para protegê-la, como restringir seu contato com pessoas estranhas e manter distância das ruas, que causam certa solidão. Karina deve, portanto, pensar bem antes de aceitar o convite de uma revista masculina para posar nua, como têm comentado.

“Devolve meu sangue!” – Um exemplo bem-sucedido de filho que conseguiu sobreviver à fúria das denúncias é a modelo Ellen Jabour, namorada do ator Rodrigo Santoro. Seu pai, o empresário Jaisler Jabour de Alvarenga, foi acusado, no ano passado, de integrar a Máfia do Sangue, nome dado a fraudadores de medicamentos no Ministério da Saúde. Ellen só perdeu a fleuma uma vez. Segundo nota da coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, ela estava num camarim do São Paulo Fashion Week quando alguém gritou: “Devolve meu sangue!” A modelo retribuiu o desaforo e encerrou o caso.

Nem sempre, entretanto, o saldo é negativo. Filho de Eriberto, o motorista que desmontou o esquema PC Farias e foi peça-chave no impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, André Vinícius colheu bem mais elogios do que hostilidades. Na época, ele tinha cinco anos e não entendia o que acontecia. Sofria, apenas, porque os pais o levavam para dormir com os avós, por precaução. “Eu não gostava da noite porque me separava deles. Era triste”, relembra. Com o tempo, ele passou a ser cumprimentado pela atitude heróica do pai. “Tenho orgulho. Ele foi corajoso. Mexeu com gente importante e era a parte mais fraca. Normalmente, as pessoas falam dele de forma respeitosa.

Exceto um ‘seu pai é dedo-duro!’, dito de brincadeira, o resto é elogio.” Para Eriberto, o sofrimento da família foi grande, mas valeu a pena. “Recebi ameaças por telefone, tivemos proteção da Polícia Federal, mas a gente tentava passar certa normalidade para os filhos. Íamos para a pracinha e fazíamos de conta que não estava acontecendo nada”, relembra.

Do outro lado do mesmo caso, o saldo não é nada alegre para os descendentes de PC Farias. Paulinho, hoje com 22 anos, e Ingrid, 24, não levam a vida como outros jovens. Ela pouco sai e vive deprimida, segundo relatos de poucos amigos. Paulinho não dá um passo sem seguranças, mais de uma década depois dos escândalos. Como disse o ex-presidente da Câmara Ibsen Pinheiro, “quem escolhe o caminho da política sabe que está na chuva e se molhar é contingência. Mas e os que não foram à chuva e se molham também?” Apesar de inocente, Pinheiro foi cassado após acusação de envolvimento com a Máfia do Orçamento e teve sua história passada a limpo recentemente, mais de uma década depois. Com a autoridade de quem comeu o pão que o diabo amassou injustamente, ele diz que o mínimo que se pode fazer para tentar poupar a família, “a parte que mais sofre”, em momentos como os atuais é ter “comedimento”. Fica o conselho. Ficam as marcas.

domingo, 4 de maio de 2008

Metáfora - Gilberto Gil

Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora

sábado, 5 de janeiro de 2008

Por uma agenda internacional brasileira

* Do blog Em Cima da Mídia, de Mauro Malin. Postado em 24/11/2006

A editora de Mundo da Folha de S. Paulo, Claudia Antunes, voltou de um ano de estudos nos Estados Unidos com a sensação de que os jornalistas, lá, trabalham menos do que os brasileiros. “Eles trabalham muito, claro, mas não como nós”, afirma.

Claudia diz que a crise da imprensa americana é um assunto intensamente debatido, porque os jornais perderam muita circulação, embora a indústria ainda seja lucrativa. “Mas, como existe uma projeção pessimista quanto ao futuro do jornal de papel, a cotação em bolsa é afetada” e a situação financeira das empresas se torna mais precária. Ainda assim, os grandes jornais nacionais – The New York Times, Washington Post, Wall Street Journal – e alguns regionais, entre os quais cita o The Seattle Times, menos conhecido no Brasil, têm redações muito maiores do que as brasileiras. “É raro encontrar jornalista que faça três pautas diárias, rotina nos jornais brasileiros”, afirma.

A degola dos correspondentes

Os jornais americanos com freqüência põem fora do dia-a-dia um repórter que passará um, dois meses apurando uma reportagem. “No Brasil isso ainda acontece, mas é cada vez mais raro”.

Claudia Antunes diz que gosta do trabalho na Internacional. Isso fez com que ela aceitasse convite do jornal para, após um ano em Harvard, assumir a editoria de Mundo (ver, abaixo, "Aprendizado de sucursal").

– E eu já conhecia a maioria das pessoas. A equipe de Mundo da Folha é acima da média, comparada com as de outros jornais, porque tem muitos repórteres, que trabalham como redatores mas também viajam para fazer coberturas especiais – orgulha-se.

O trabalho ficou muito mais fácil com a internet:

– Ela abriu campos novos e tornou menos passivos os redatores de Internacional, menos dependentes do material enviado pelas agências de notícias. O padrão melhorou muito. O lado ruim é que todos os jornais cortaram investimentos em Internacional.

Cita o caso do Jornal do Brasil. No tempo em que trabalhava lá, o jornal tinha correspondentes em Moscou, Tóquio, Roma, Londres, Paris, Madri, Bonn, Buenos Aires, Washington, Nova York e até Bogotá. Hoje, nenhum jornal brasileiro tem isso.

Repórteres de agências são “heróicos”

Claudia não concorda com a crítica de Nahum Sirotsky, legendário jornalista que é correspondente do IG, a respeito da discutível qualidade dos correspondentes de agências (ver “Faltam correspondentes”).

– Os repórteres das agências são heróicos – diz a editora de Mundo da Folha. – Mas não são analíticos. É preciso levar em conta que competem com o online.

O que não se pode, diz a jornalista, é “ficar apenas com a tradução do material de agência, que não tem contexto, nem história, nem análise”. Mas, segundo Claudia, os correspondentes das agências se esforçam para ser objetivos.

– Mais do que os dos jornais, como o New York Times, o Financial Times, o Le Monde, que têm posições formadas sobre os assuntos, nem sempre políticas, mas definidas pela cultura, cultura tout court e cultura política.

Só com o trabalho das agências não se entende o que acontece, constata ela.

Claudia não se diz satisfeita com o trabalho realizado. “Trabalho em jornal, como se sabe, é uma frustração diária, nunca se chega ao que se tem em mente”. Uma queixa que se repete nas redações: “o fechamento é muito cedo”. Grande ironia da mudança tecnológica. Quando os computadores chegaram ao Jornal do Brasil, onde éramos colegas, a lógica indicava que o fechamento poderia ser retardado, dadas as facilidades criadas pela tecnologia. Aconteceu o contrário.

Nesse ambiente, torna-se ainda mais necessária uma boa formação. “O jornalista precisa ter a história na cabeça, saber o que é relevante”, diz Claudia.

Agenda própria, sem ser “caipira”

Entre os grandes jornais, a editora destaca o New York Times e o Financial Times:

– Dois bons jornais, complementares, diferentes. O NYT com foco sempre na cultura. O FT é um jornal de economia, mas sabe enxergar a política na economia. O NYT faz grandes coberturas internacionais, mas tem dificuldade para fazer essa combinação. Como os jornais brasileiros.

Claudia afasta a idéia conspiratória. “O que eles têm é uma agenda americana” muito bem definida, há muito tempo, e amplamente compartilhada por diferentes setores da sociedade. É o que falta um pouco na cobertura internacional da imprensa brasileira, afirma. “Ter uma agenda própria”. Não em termos políticos, mas em extensão da cobertura.

– Acho que o que pode diferenciar uma cobertura da outra não é tanto o viés político, se é esquerda, direita, centro, se mantém a objetividade, se não mantém – diz a jornalista. – Toda cobertura é influenciada, um pouco, pelo ponto de vista de quem está produzindo, e isso é mais pronunciado em política internacional. O que diferencia é de que país, de quem você vai falar. E nisso é que a gente não pode ser igual nem aos Estados Unidos, nem aos jornais europeus. A gente pode aproveitar muita coisa que eles fazem, como a gente aproveita. Tem muita coisa de qualidade. Mas a gente tem que tentar criar a nossa própria agenda. Não de uma forma, assim, caipira, “Ah, vamos dar porque tem relação com o Brasil. Vamos dar porque isso interessa ao Brasil”. Não é desse ponto de vista. Quem faz internacional tem que ter uma visão cosmopolita. Não precisa ter uma relação direta com o Brasil para ser importante. É a gente tentar ver que regiões do mundo têm problemas iguais aos nossos. O que você vai dar é mais importante do que como você vai dar. Porque como você vai dar, você tem que ter sempre uma idéia de ser sempre o mais objetivo possível e ao mesmo tempo o mais contextualizado e o mais analítico possível.

Aprendizado de sucursal

Claudia Antunes, se formou em jornalismo pela UFRJ em 1982. Dos primeiros trabalhos como estagiária ficou-lhe uma lembrança forte do BIP – Boletim Informativo das Paróquias –, jornalzinho da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Depois foi para o Jornal do Brasil, onde passou, ainda estagiária, pela editoria de Cidade e pela Internacional – que, chefiada por Jorge Pontual, tinha como redatores, entre outros, Raul Ryff e Aluisio Machado.

Em 1984 foi para a TV Manchete, como editora de texto. Voltou em 1986 à Internacional do JB, onde foi redatora e subeditora. Entre 1992 e 1995, foi subeditora de Política – isso incluiu a inesquecível cobertura do impeachment de Fernando Collor. Em 1995, substituiu Regina Zappa, a editora de Internacional, que havia recebido uma bolsa para estudar nos Estados Unidos.

Em 1999, convidada por Marcelo Beraba, tornou-se coordenadora de Redação – cargo equivalente a chefe de Reportagem – da sucursal da Folha de S. Paulo no Rio de Janeiro. Em julho de 2005, iniciou um ano sabático patrocinado pela Fundação Nieman, de Harvard. São 12 bolsas para jornalistas americanos e outro tanto para não-americanos. Ela pôde escolher os cursos que seguiria. Na volta, foi convidada a assumir a editoria de Internacional da Folha.

De sua experiência na sucursal do Rio ficou o aprendizado de faz-tudo. “Foi seqüestro no ônibus 174, apresentação de balanço da Petrobrás, mudança na diretoria do BNDES, cobertura política de Garotinho. Sucursal tem essa característica”.